Festas Cristãs

Pesquisar, Visualizar e Navegar

Tamanho da fonte:

Histórias

Parábola dos Poços (Recontado por Karin E. Stasch)

Atenção, abrir em uma nova janela. PDFImprimirE-mail



Era num deserto. Três poços viviam ali e juntavam tudo o que encontravam: pedras, areia, galhos secos e objetos perdidos por caravanas, armazenando os “tesouros” dentro de si, até ficarem cheios até a borda. Um deles, porém, percebeu que lá no fundo, debaixo de suas aquisições, havia algo brilhante, refrescante e contou aos outros dois poços. Estes riram dele, mais ainda quando o primeiro poço começou a jogar fora algumas coisas que tinha dentro de si, para ver se conseguia descobrir o que era aquilo no seu fundo. Logo começou a sentir-se mais livre, mais leve, e foi achando cada vez mais fácil livrar-se do que tinha guardado por tanto tempo. Quando por fim ficou vazio, descobriu uma água fresca e cristalina.
 
Começou a regar o terreno que estava a sua volta, sementes esquecidas brotaram, espinheiros deram folhas e flores, ervas se transformaram em árvores.
 
Os outros dois poços observavam tudo, calados, até que aos poucos decidiram fazer o mesmo. Primeiro jogaram fora o que consideravam de menor valor, mas foram tomando coragem e num belo dia, encontrara a água fresca no seu fundo também.
 
Só mais tarde, os poços descobriram que a água dos três provinha de um mesmo lençol que sempre estivera correndo debaixo, esperando poder vir à tona.
 
 
(texto extraído da Revista Nós, Época de São João 2004, da escola Waldorf Rudolf Steiner, SP)