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Histórias

A História de Teófilo

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Fizeram passar pela corte uma jovem, tão virginal e inocente que Teófilo se surpreendeu ao vê-la, pensando de imediato que deveria haver misericórdia para que esta cristã não morra.

Começou o interrogatório. Ela respondeu cada pergunta com singeleza sem vacilar sua voz.

-“Não temes nada?” – perguntou Capricius – “Nem os castigos, nem a morte?”

-“Porque iria eu temer a morte?” – respondeu Dorothea – “a morte me levará aquele a quem amo”.

-“Quem amas?” – perguntou-lhe Capricius.

-“Cristo, o filho de Deus”.

-“Onde está este Cristo?”

-“Ele está em toda parte”- disse a jovenzinha com alva voz – Pela sua Divindade, está na terra, pela sua humanidade, está no céu. Ele me espera no paraíso.

Então Teófilo inclinou-se até a jovenzinha e disse-lhe: “Dorothea a terra mesma, é um paraíso! Pensa em suas flores: como podes desejar afastar-se delas.”

Ela sorriu-lhe:

-“Qual é o seu nome, jovem Prefeito?”

-“Teófilo”.

-“Escuta Teófilo. No Paraíso, as árvores estão sempre frondosas, amadurecem maças, as flores brilham como o ouro, as açucenas brilham como a prata e o musgo está sempre fresco! No Paraíso sempre é primavera o pasto nas colinas nunca está seco e as rosas no roseiral nunca morrem!!!”

-“Basta”- disse o governador – “Já que o Paraíso é tão maravilhoso deves ir lá hoje mesmo”.

Ditou a sentença e chamou os guardas. Quando se aproximaram Teófilo disse a Dorothea com veemência:

-“Jovem esposa de Cristo, envia-me algumas maçãs e rosas do Paraíso!”

-“Farei isto, Teófilo” – disse Dorothea, e a chamaram.

Mais tarde Teófilo caminhava pela rua disposto a participar do banquete com seus amigos. Ao chegar à festa, encontrou grande alegria nesta noite.Todos festejavam, cantando e bebendo, havia grande algazarra. Cada um de seus amigos contou suas anedotas do dia. Quando todos haviam falado, Teófilo, sorrindo lhes disse:

“O que temos escutado até este momento são coisas triviais. A mim hoje, me prometeram um milagre!”

- “que milagre Teófilo? Onde estiveste hoje?”

- “Estive na corte escutando os cristãos detidos e uma donzela me disse que ela iria ao paraíso e prometeu enviar–me frutas e frutas do céu.

Escutou–se uma gargalhada geral no salão, que cessou repentinamente em cada boca, como se uma espada a tivera cortado, pois frente a todos eles apareceu uma criança angelical, que levava em suas mãos três maçãs e três rosas, as mais formosas, como jamais foram vistas na terra. Entregou-as a Teófilo dizendo:

-“Dorothea que acaba de entrar no paraíso, envia-te isto”.

O prefeito pegou as maçãs e as flores e o anjo desapareceu.

Capricius na manhã seguinte, como sempre, novamente viu passar alguns cristãos e perguntou:

-“quem é o próximo”?! Ao que responderam: “Teófilo de Capadócia”.

O governador viu com grande admiração como traziam seu próprio amigo.

-“que espécie de troca é esta Teófilo”? Perguntou Capricius com enfado.

-“Não é nenhuma troca Capricius respondeu Teófilo”.

-“Então a que vens?” Teófilo desse-lhe: “Venho confessar-me seguidor de Cristo em quem creio graças à Dorothea”.

E o governador o condenou ao Paraíso.