Textos de Rudolf Steiner
O MISTÉRIO DE MICAEL (apostila) - outras máximas n: 131 a 133
OUTRAS MÁXIMAS EMITIDAS PELO GOETHEANUM PARA A SOCIEDADE ANTROPOSÓFICA
(Com referência à precedente parte da segunda consideração sobre os fatos que dificultaram ou favoreceram as forças micaélicas na incipiente era da alma da consciência).
(14/12/1924)
131. No inicio da época da alma da consciência, a intelectualidade, emancipada no homem, pretende ocupar se com as verdades da religião e do culto. Em conseqüência disso, a vida anímica sofre um abalo. Pretende se provar pela lógica o que em sua realidade essencial era vivido antigamente na alma. Deseja se captar por meio de deduções lógicas, o conteúdo de cultos que devem ser captados sob forma de imaginações; deseja se, até, encontrar para os cultos, formas que decorram de tais deduções.
132. Tudo isso resulta do fato de Micael desejar, de toda maneira, evitar qualquer contato com o mundo terreno atual em que o homem deve necessariamente penetrar, embora ele próprio deva continuar orientando no homem a intelectualidade cósmica que ele tem administrado no passado. Resulta, pois, das próprias forças micaélicas uma perturbação do equilíbrio cósmico, a qual, porém, se faz necessária para a continuação da evolução do mundo.
133. A missão de Micael vem sendo facilitada pelo fato de certas personalidades os autênticos Rosacruzes organizarem sua vida terrestre de tal forma que ela não afeta, em nada, sua vida anímica interior. Conseguem dessa maneira, mobilizar forças interiores mediante as quais colaboram em espírito com Micael sem este correr o perigo de se ver envolvido nos acontecimentos que se passam na Terra, coisa que, aliás, lhe seria impossível fazer.