Textos Diversos

A Imagem do Apocalipse e o Futuro da Humanidade (Ita Wegman)

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Ita Wegman

Nós vivemos em uma época em que, graças à vitória de São Miguel, o dragão não mais se encontra no cosmo. Este dragão e originalmente cósmico, e hoje está incorporado a substancialidade da Terra. É a figura imaginativa de uma realidade cósmica que denomina de mundo astral. Este mundo se chama astral porque abrande todo o espiritual que irradia no universo como forças provenientes das estrelas. Enquanto o mundo vegetal se coloca, em seu crescimento, em um jogo dinâmico que atua da Terra em direção ao cosmo, os animais abrigam em si um macrocosmo no âmbito terreno, em seu ser permeado de paixões. O que permeia o animal a, partir de fora a traves de olhos e ouvidos, e através do ar da respiração, torna-o um ser animado e dotado de sensações. Denomina-se corpo astral esse mundo externo invaginado, que atua organizando o animal. Este corpo astral e o portador de sua vida emocional.
Também o ser humano tem um corpo astral, que entretanto pode ser domado e dominado a partir do Eu, pois ele pode deixar atuar o divino-espiritual em si, em serena percepção.
No cosmo também se manifesta a vida etérica nos ritmos da atuação do Sol e dos planetas. O que penetra a periferia da vida do sistema solar a partir de fora e para este o astral. Não existisse esse astral, o sistema solar chegaria à eterna repetição, isto e, tornar-se-ia cosmicamente estagnado. O sistema solar precisa a perturbação astral que vem de fora para poder viver permeada de alma. Mas isto que intervém assim de fora aniquilaria em certa época vida do sistema solar caso isto na9 fosse impedido por um poder espiritual. Este poder é São Miguel (Micael).
Em toda a parte onde atua o astral, onde atuam forças estelares, nasce um sistema de forças que necessariamente atua destruindo se nao for amortecido.
No ser humano, a atuação do astral chama a consciência; nasce pela destruição da substancia vivificada pelo etérico. Se apenas atuasse o astral, o ser humano agonizaria em fraqueza. Mas o que é que o salva disto? É a substancialidade do ferro em seu sangue.
Este ferro cura ao ligar a si o oxigênio, e assim produz o sangue vermelho da vida; cura a continua doença mortal que se expressa no mortífero sangue azulado.
O ferro é o único metal verdadeiro existente substancialmente no corpo humano. Como todos os metais, têm uma origem cósmica; pois segundo conhecimentos da Ciência Espiritual, os metais são irradiações etéricas dos planetas na Terra, que sucederam em épocas primordiais, e com o curso da evolução se tornar o que hoje representam. Mas o ferro encontrado no sangue do Homem não e aquele ferro irradiado do cosmo; remonta de um encontro da Terra com,o planeta Marte, na época ainda em forma gasosa, através do qual a Terra se movimentou. Com este encontro O ferro de Marte não se colocou na Terra de maneira etérica, mas em materialidade terrena. Este ferro, portanto, tem uma origem cósmica bem diferente de todos os outros metais. Não uma irradiação de fora, e uma substância deixada na Terra. Dá ao sangue a possibilidade de prender o oxigênio, e neste processo de combustão vive o Eu do ser humano, isto e, a força que doma o corpo astral. Este ferro do sangue pode ser encarado como a espada de Micael, através da qual eco dominadas as paixões e o animal no ser humano.
Rudolf Steiner indica que Marte atravessou a Terra em estado material ainda sutil, quando as rotas de Marte e da Terra se cruzaram. Esta passagem de Marte foi possível através de uma poderosa batalha no céu, que teve lugar através de uma destruição daquele planeta outrora muito maior, cujos escombros são os planetóides, que ainda hoje giram na esfera de Marte. Através desta batalha o ferro pode ser incorporado a Terra e ao sangue. Micael lutou esta batalha. Assim, Micael é o salvador da humanidade; ele deu a ela a substancia sanante.
Também quando a órbita da Terra é cruzada por um corpo celeste estranho, um cometa, por exemplo, de modo que surge o período de uma destruição da Terra, Micael atua como o salvador da evolução da Terra ao destruir o cometa e introduzindo na Terra o ferro meteórico como medicamento contra o astral em proliferação. Micael nas alturas, onde surge destruição, nas profundezas domando e transformando o dragão, para que novamente possa ascender ao cosmo em forma purificada. Isto se completa quando a substancialidade.....................
   
to das plantas. Então ela é permeada pela força solar do Cristo, que se uniu a Terra no Mistério do Golgota.
O ser humano acolhe como alimentação na Terra aquilo que foi cristificado desta maneira, e irradia de volta ao cosmo o que fora outrora cósmico. Na atividade dos sentidos, naquilo que o olho irradia, por exemplo, o Homem da novamente ao cosmo o que e seu.
Então, para a visão astral a Terra se torna um Sol, e para o Homem começa o “tornar-se Sol”.
Este acontecimento e o que São João vê como a mulher no Apocalipse, vestida com o Sol, dragão sob os pés, e na cabeça as estrelas. Ela da à luz a personalidade superior, a astralidade transformada pela força de Cristo. (Apocalipse, cap. 12).
Ao contemplarmos a imagem que São João nos coloca perante a alma, vemo-nos capazes de dirigir o olhar para o futuro.
Vivemos em uma época micaelica. Hoje a humanidade pode saber isto; pois consciente deve procurar seu caminho evolutivo. O caminho para o ser de Micael não se abre através de sentidos afastados do mundo. Somente o pensar corajoso, forte, com calor anímico, que se irradia e abrange universalmente a Terra e o Todo, e que pode levar a atos nos quais o espírito de Micael pode atuar plenamente.
Uma nova época, em que muitas possibilidades de conhecimento espiritual são dadas a humanidade, e a época que irrompeu em 1379 e se revelou plenamente pela atuação de Rudolf Steiner.
Um enorme tesouro de sabedoria foi dado a humanidade; mas também lhe foi presenteada a possibilidade do desenvolvimento das forças cognitivas.
A época passada foi para o ser humano uma escala de escrúpulosidade, a partir da contemplação da natureza. Guardando o dom da prudência, a nova época quer deixar fluir a esta prudência o entusiasmo, e somente através dele pode ser adquirido, um conhecimento espiritual. A época antiga levou os homens, em maravilhoso aprendizado, a viver o terrestre e executar surpreendentes trabalhos pela especi9lizaçao em detalhes divisão de trabalho. A nova época também precisara guardar isto, mas devera encontrar novamente o caminho para a universidade. Isto será ao mesmo tempo um caminho para a realização da verdadeira liberdade; pois unilateralidade e cadela, e pluralidade liberta
Onde aparece a vivencia da liberdade, o Homem também encontrara os caminhos que o libertam de tudo o que o torna um ser insocial. Através de um conhecimento espiritual do ser humano ele encontrara o caminho para o coração do próximo. É justamente assim  que se forma o reino para Micael, no qual ele pode criar; pois ele quer cultivar o individual, mas em uma humanidade unitária unida em amor. Assim, o olhar que se eleva ao espírito a partir da unido cordial de humanidade também tornara cada vez mais acessível a alma um novo conhecimento do Cristo.

(Introdução escrita pela Dra. Ita Wegman ao livro “Aus Michaels Wirken”, de Nora Stein Von Baditz)


 

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