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Textos Comunidade de Cristãos

Micael e a Balança (Gisele Weber)

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Gisele Weber

(Tradução Daisy da Costa)

No dia do Arcanjo Micael, 29 de setembro, no céu se destaca o signo de Libra. No zodíaco ele se coloca atrás do Sol, se for visto da Terras Em latim, a palavra libra quer dizer balança ou equilíbrio.
O símbolo usado na Astrologia para libra mostra, na sua parte de cima um bastão e um aro parecido com as balanças usadas no tempo do Egito, Babilônia e civilização Caldaica, que haviam alcançado um alto desenvolvimento. O bastão foi encaixado no centro para tocar no aro que ficava suspenso por um gancho. Eqüidistantes do centro estão 2 encaixes na ponta do bastão. Aqui se coloca 3 ou 4 cordas ligadas a um prato de cada lado, de um lado para as mercadorias serem pesadas e outro para à medida que serve de norma. Essa forma básica uma balança de Química usada até hoje.
A parte inferior do símbolo da Libra mostra a superfície plana. O Arquétipo terreno de todas as superfícies planas é a água. A tensão da superfície, a força que guarda a gota d’água redonda, e a gravidade combinam-se em atividade de equilíbrio para produzir um nível ou superfície. Água em questão não desce pelas pedras ou se encrespa em ondas pelo vento. Um lago em um dia calmo mostra essa condição. O símbolo indica que Libra não quer dizer somente balança, mas balança em equilíbrio.
Durante a época Medieval, o Arcanjo Micael foi algumas vezes descrito com uma balança em suas mãos, pesando almas que estavam partindo. Uma pintura nos mostra uma figura santa rezando em um prato com mais peso e do outro lado do prato sete almas pecadoras em lamento.
Ou então vemos a alma da pessoa boa numa extremidade da balança, enquanto que um bando de diabinhos tentam puxar o prato para baixo. Como é que nós, com esse pensar moderno, podemos ter acesso a essas imagens? As almas têm peso? Se todas essas coisas têm lugar no mundo não acessível para nossos sentidos físicos, que forças similares à gravidade fazem a balança de Micael se mover?
Porque é que as almas moralmente boas vão para baixo na balança, enquanto que nós pensamos que eles vão para cima, para o Paraíso?
Alguns desses quadros são imaginações no sentido que eles revelam, em forma de imagem, o que pode ser inadequado descrever em pensamentos terrenos. A imagem fala não somente ao entendimento através do conteúdo, mas também através da beleza do coração e da moral verdadeira. Assim, talvez, depois de se haver formulado essas questões, nós e podemos movê-las em nossos corações, junto à lembrança da imagem. E assim nós podemos receber a resposta, talvez na manhã seguinte ou na próxima época de Micael, ou mesmo mais tarde.
A resposta pode vir de dentro de nós ou através das palavras de outra pessoa.
O Mal Antigo consiste em dois poderes. Um quer prender o homem na Terra para sempre. O outro quer que o homem siga um Paraíso egoísta, só para ele.
Somente o Cristo pode nos dar a força de trabalhar na Terra sem motivos egoístas e sem nos transformarmos em escravos dos poderes terrenos.
Micael se coloca diante do Cristo, em serviço devotado.
Transformando a imaginação medieval em nosso pensamento, nós podemos imaginar Micael com a balança, em equilíbrio.
Esse ato é como um guia que nos mostra o caminho entre dois extremos. O equilíbrio não e estático, ele somente poderá ser alcançado dinamicamente com esforços contínuos.

(extraído do Periódico “Cristian Comunity” Londres – 1979. Tradução Daisy da Costa – escola Anabá 1989)