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Histórias

A Espada de Luz (Christiane Kutik)

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Christiane Kutik
(Tradução Karin E. Stach)

O arcanjo Micael monta guarda no portal do céu. Com sua balança ele pesa o Bem contra o Mal. Com sua espada ele afasta o Mal.
 Faz muito tempo, um enorme dragão quis levantar-se contra os anjos e atrapalhar o sossego no céu. Ele tinha um corpo feio, coberto de verrugas, uma grande cauda escamosa, e uma boca enorme. Bufando, ele se acercou do portal do céu e cuspiu fogo no anjo-guardião. São Micael elevou sua Espada de Luz e derrubou com força o dragão que caio na Terra.
 O dragão não estava morto, mas demorou bastante tempo, até que pudesse mover-se novamente. Suas asas, ele havia perdido na luta contra São Micael. Só conseguia mover-se rastejando pelo chão. Com muito esforço arrastou-se para cima de uma montanha e olhou em volta.
 Quando o monstro viu tantas pessoas que trabalhavam alegremente e cantavam e riam, ele fungou satisfeito: - Se já não me é possível fazer mal aos anjos, irei dificultar a vida dos homens-. Escondeu-se numa caverna nas cercanias. Vapores venenosos saiam da sua boca e empesteavam o ar.
 Daquele dia em diante a vida dos homens começou a mudar. Era cada vez mais raro ouvi-lo cantando ou rindo. Brigavam e gritavam uns com os outros por qualquer razão. Trabalhavam sem alegria. A inveja crescia como uma serpente em seus corações e fazia-os maus.
 Um dia chegou um cavaleiro naquela região devastada pelo dragão. Ele era um homem piedoso e honesto, que já havia viajado muito pelo mundo. Ele já havia vivenciado muitas coisas, mas nunca havia encontrado tantos rostos fechados e insatisfeitos como aqui. Trancaram as portas, quando viram de longe. Ninguém quis responder ao seu amável cumprimento. Nem as crianças faziam aquelas alegres brincadeiras como ele havia visto em outras regiões.
 O estrangeiro ficou com o coração apertado. Ele continuou cavalgando e viu belos campos de cereais, pastos verdes em que o gado pastava e árvores cheias de frutas. Não parecia haver razão para sofrimento. O que será que havia amargurado assim o coração daqueles homens?
 Da noitinha o cavalheiro chegou á aldeia. Apeou de seu cavalo, para perguntar por um ligar em que pudesse passar a noite. Bateu numa porta e esperou. Bateu novamente. Havia vozes, mas ninguém veio abrir. E também nas outras casas as portas ficaram fechadas.
 Enquanto isso, havia escurecido totalmente. Sem encontrar albergue, o cavaleiro deixou a aldeia para trás de si. Entrou num bosque e quis procurar um lugar protegido para passar a noite. Percebeu aí uma Liz tênue entre as árvores. O estrangeiro acercou-se e reconheceu uma pequena cabana. Será que lá haveria alguém que o deixasse entrar?
 Bateu á porta. A porta abriu-se. Um eremita olhou para fora e surpreso perguntou:- Quem é você e que busca neste lugar abandonado por Deus?
 - Sou um cavaleiro e procuro um albergue para passar a noite, - respondeu o homem.
 - fico muito contente, entre, por favor!,-  disse o velho. Ele estava feliz por ver novamente um ser humano. Antigamente passavam muitos estrangeiros por aqui, mas isto foi a muito tempo.
 O cavaleiro ficou atento e perguntou por quê. O eremita contou:
Um grande desgosto caiu sobre nós. Há um dragão numa caverna atrás das montanhas. Com seu hálito de fogo envenenou o ar. Desde que ele se escondeu por lá, os homens ficaram maus. Cada um só pensa em si. Muitos cavaleiros fortes e corajosos tentaram matar o monstro, mas nenhum voltou da batalha. O dragão ainda vive!
 O cavaleiro escutou a história e olhava repetidamente para a parede. De onde provinha a espada, lá pendurada? Á luz da tocha,que iluminava o aposento,ela brilhava dourada.Que diferença de sua própria , espada que desde a última luta estava tão torta e que brada,que já não servia pra mais nada. O eremita adivinhou seus pensamentos e disse:
 Esta espada foi deixada aqui por um cavalheiro.ele foi o último que quis lutar contra o dragão,mais depois perdeu a coragem. Ele nem foi á luta.
 O velho levantou-se para preparar um leito para seu hóspede e foi descansar também. O estrangeiro ficou pensando em tudo aquilo que havia vivenciado naquele dia. Ele gostaria de ajudar os homens, mesmo que fosse custar sua vida. Depois de ter finalmente adormecido, ele teve um sonho.São Micael resplandecente surgiu a sua frente e disse:
 -Você é honesto e sem temor. Você pode ajudr os homens e vencer o monstro. Cuide-se, o dragão é forte. Espadas feitas  com metais da terra na têm o poder suficiente para vencê-lo.Com a minha espada de luz eu vou ajudá-lo, quando me chamar! 
 Quando o cavalheiro acordou, Sentia-se forte e corajoso. Agradeceu ao eremita pela hospedagem e pediu que lhe descrevesse o caminho para a caverna. Pediu a espada da parede e cavalgou na direção indicada. Ao pôr – do –sol chegou lá. Logo se ouviu um estrondo enorme, e o vapor do enxofre encheu o ar. Quando apareceu o dragão, o cavalheiro vacilou,mas então lembrou-se do sonho. Chamou São Michael e pediu-lhe ajuda . Sentiu neste momento que o Arcanjo estava atrás dele. Ele lhe ajudou com a força da espada da luz a vencer o monstro . Quando o dragão ficou morto no chão, os homens daquela terra ficaram livres da atuação maléfica que ele espalhava.Inveja e maldade caíram deles como se fossem feitas mascaras. Os homens correram para a caverna. Queriam agradecer o herói o seu feito corajoso,mas o cavalheiro disse:
 - Eu sozinho não teria vencido o dragão. São Micael ajudou-me com sua espada de luz . 
 

(extraído da Revista Nós época de Micael 2006 – EWRS)